Muita gente adora resolver problemas com soluções complicadas. Pôr os músculos intelectuais a fazer exercício pode ter um efeito intoxicante. Vai-se então à procura de outro grande desafio que dê a mesma emoção, quer seja boa ideia ou não.


Eis uma ideia melhor: procure solução-judo, que tenha a máxima eficiência com o mínimo de esforço. As soluções-judo consistem em conseguir muito fazendo pouco. Sempre que lhe aparecer um obstáculo, descubra um golpe de judo para o superar.

Em parte, isso faz-se reconhecendo que os problemas têm solução. Digamos que o seu desafio é ver o mundo do alto. Uma maneira de o fazer é subir ao cume do Evereste. Essa é a solução mais ambiciosa. Mas, por outro lado, pode apanhar o elevador até ao cimo de um edifício com mais de 20 andares ou subir ao ponto mais alto da sua cidade. Essa é a solução.


Na maioria das vezes, os problemas podem ser resolvidos com soluções simples e corriqueiras. Isso implica não fazer trabalho deslumbrante. Não vai poder exibir todas as suas extraordinárias capacidades. Vai apenas chegar a uma solução que resolve o assunto e depois seguir em frente. Esta abordagem pode não lhe render as ovações da plateia, mas permite-lhe avançar.

Pense na propaganda politica. Aparece um grande tema, e, no dia seguinte, já os políticos têm um anúncio pronto acerca dele. Os valores de produção são reduzidos. Usa-se fotos em vez de vídeos. Em vez de gráficos animados, emprega-se texto estático. O único som é uma locução feita por um narrador invisível. Apesar de tudo isto, o anúncio é suficientemente bom. Se o político tivesse esperado semanas até o aperfeiçoar, já seria tarde. È uma situação em que a oportunidade é mais valiosa que a perfeição, ou até que a qualidade.

Quando o bom é suficiente, avance com ele. É bem melhor isso do que desperdiçar recursos ou, pior, não fazer nada por ser impossível avançar para a solução mais complexa. Lembre-se de que, normalmente, é possível transformar o bom em ótimo.

Fonte: 37signals






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